Os pais ficam angustiados com o formato do pé do filho: a preocupação é devido à ausência da curvinha, o que faz com que o pé da criança fique achatado no chão e a pisada para dentro.
E agora? Será preciso usar bota ortopédica? Será que irá afetar a coluna?
Essa situação é comum no consultório do especialista em Pé e Tornozelo.
Vamos conhecer melhor o pé plano infantil!
O médico indicado para avaliar o pé chato é o ortopedista, especialmente aquele com Especialização em Pé e Tornozelo.
O Ortopedista Especializado é expert no sistema músculo-esquelético e está apto a diagnosticar e tratar condições relacionadas aos ossos, músculos e articulações, incluindo o pé chato.
Dr. Felipe Serzedello é ortopedista especializado em Cirurgia do Pé e Tornozelo. Com formação na Universidade de São Paulo (USP) e Especialização realizada no Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Felipe tem ampla experiência no tratamento de condições que afetam o Pé.
Reconhecido pela excelência no atendimento, veja o que alguns de seus pacientes têm a dizer:
O Pé Plano Infantil – conhecido popularmente como “pé chato” - é uma condição bastante frequente na população.
O pé das crianças possui características diferentes dos adultos, o que torna a condição muito comum.
Nos recém-nascidos, o pé possui os ligamentos mais frouxos e elásticos, os ossos são imaturos, as matrizes de cartilagem ainda não são calcificadas e o pé possui um acúmulo de gordura.
Nessa fase, o pé pode ser plano e até mesmo assumir um formato convexo.
Quando a criança começa a andar, o pé passa a ser submetido a carga do peso do corpo, o que é um estímulo importante para o seu desenvolvimento.
O pé chato ocorre quando o arco natural do pé não se desenvolve corretamente, resultando em uma planta do pé totalmente plana.
Isso significa que, ao andar ou ficar em pé, a criança encosta quase toda a sola do pé no chão.
O pé plano pode ser flexível ou rígido, sendo que o primeiro tipo é o mais comum e, na maioria das vezes, não causa dor nem limitações.
É importante lembrar que todos os bebês nascem com os pés planos, já que o arco do pé ainda está em desenvolvimento.
Na infância, conforme os pequenos crescem, as estruturas ósseas do pé amadurecem, os músculos ficam mais fortes e, com isso, tem início o processo de formação do arco plantar.
O arco do pé começa a se formar por volta dos 2 a 3 anos de idade, e muitas crianças podem ainda apresentar pé plano até os 5 ou 6 anos.
Somente após essa fase o arco se torna mais visível, e a maioria das crianças desenvolve naturalmente uma curvatura sem necessidade de intervenção.
Esse processo pode se prolongar até ao redor dos nove ou dez anos de idade.
Em cerca de 10 a 20% das crianças, a curvatura plantar não irá se formar, e o pé plano persistirá na juventude e na fase adulta.
Apesar disso, o pé plano nem sempre é um problema e na maioria das vezes não necessitará de nenhum tipo de intervenção.
Quando não há sintomas dolorosos ou outras condições associadas, o pé plano geralmente é flexível, não traz repercussões para as outras articulações (como tornozelo, joelho e coluna) e, portanto, não necessitará de intervenções ou tratamentos.
Nesses casos, o pé plano representa uma variação da normalidade, ou seja, uma característica física, que é geneticamente herdada dos pais e não traz maiores repercussões.
O calçado da criança deve ser o mais confortável possível.
Além disso, a segurança do calçado é fundamental para que os pequenos possam brincar sem correr o risco de acidentes.
Evite modelos que não fiquem adequadamente presos aos pés ou que sejam feitos de matérias escorregadios.
Principalmente nos bebês, que ainda não ficam de pé, faça massagens na curvatura do pé e manipule suavemente os dedos.
O toque e a movimentação do pé é um estímulo para o desenvolvimento e também pode representar um momento para aumentar o vínculo com a criança.
Para os que já andam, permita que fiquem alguns períodos do dia descalços. Isso estimula o fortalecimento dos músculos do pé.
O toque da sola do pé em diferentes tipos de terreno (areia, grama, piso) também é um estímulo para o desenvolvimento das percepções sensoriais, propriocepção e equilíbrio.
Na maioria dos casos, o pé plano infantil é assintomático. Entretanto, algumas crianças podem apresentar:
Em algumas pessoas, o pé plano pode ser uma condição que necessita de tratamento.
Quando isso acontece, em geral, alguma patologia está associada ao quadro, como por exemplo a coalizão tarsal (barra óssea), osso navicular acessório ou pé tálus vertical.
Nesses casos, o pé plano é doloroso, geralmente associado a rigidez e representa um problema que pode sobrecarregar outras articulações como o tornozelo, joelho ou coluna.
O ortopedista auxiliará na diferenciação entre o pé plano infantil patológico – que é uma condição que necessita de tratamento – do pé plano infantil fisiológico – que é uma variação da normalidade e não necessita de intervenções.
É recomendável procurar um Especialista se:
O tratamento do pé plano infantil depende dos sintomas e do grau de comprometimento da criança.
Na maioria dos casos, não há necessidade de intervenção e o acompanhamento médico é suficiente para garantir o desenvolvimento adequado.
Alguns tratamentos conservadores incluem:
Podem ser indicadas para o alívio dos sintomas dolorosos. As opções personalizadas podem ser recomendadas pelo cirurgião de pé.
Auxilia no fortalecimento muscular da perna e do pé. Além disso, são abordados aspectos globais da criança, melhorando também equilíbrio, alongamento e postura corporal.
O tratamento cirúrgico é indicado quando o tratamento conservador não é suficiente para aliviar os sintomas dolorosos ou quando é necessário corrigir alguma condição associada ao pé plano.
Existem inúmeras opções de abordagens e tipos de cirurgias que podem ser realizadas. Vamos conhecer algumas:
A artrorrise é uma cirurgia minimamente invasiva, simples e confiável, que envolve a colocação de um pequeno implante (barril) no seio do tarso, uma região do pé entre os ossos tálus e calcâneo.
A presença do implante nesse local específico do pé limita a mobilidade da articulação subtalar, o que causa um realinhamento nos ossos, ajudando na formação do arco.
Esse procedimento é indicado para casos de pé plano flexível e tem recuperação relativamente rápida.
A técnica é semelhante à artrorrise, pois o objetivo é limitar a mobilidade da articulação subtalar, gerando um realinhamento entre os ossos do pé e consequentemente a formação do arco plantar.
A diferença está no tipo de implante utilizado e na localização em que é posicionado. No calcâneo-stop é usado um parafuso~metálico.
A técnica apresenta bons resultados e também é indicada para casos de pé plano flexível.
As osteotomias e alongamentos são procedimentos que podem ser utilizados isoladamente ou em conjunto comas a técnicas descritas anteriormente.
Essas cirurgias são indicadas tanto para casos de pé plano flexível como para pé plano rígido.
As osteotomias consistem no corte e realinhamento dos ossos do pé para corrigir deformidades. Já o alongamento tendíneo envolve a liberação de tendões encurtados, que podem estar dificultando o movimento adequado do pé.
Essas cirurgias são indicadas para casos mais graves e inflexíveis de pé chato.
Na maioria dos casos, o pé chato não limita a criança a participar de atividades físicas ou esportivas.
Contudo, se houver dor ou cansaço frequente, o ortopedista pode recomendar o uso de palmilhas ou fisioterapia para melhorar a performance nas atividades.
O pé cavo é o oposto do pé chato. Enquanto no pé chato há ausência do arco, no pé cavo o arco é muito elevado.
Ambas as condições podem causar desconforto, mas o tratamento e os sintomas são diferentes.
No pé cavo, a pessoa pode sentir mais dor ao andar devido à menor área de apoio.
Sim, a criança pode usar chinelos ou andar descalça, desde que não apresente dor ou desconforto.
Andar descalço, inclusive, pode ajudar a fortalecer os músculos dos pés, promovendo o desenvolvimento do arco.
Em alguns casos, o pé chato pode reaparecer, especialmente se a criança tiver uma predisposição genética ou não seguir corretamente as orientações de tratamento.
Mesmo após a cirurgia, é importante manter o acompanhamento médico.
Quando o pé plano infantil não é abordado da forma adequada, com o passar do tempo, pode haver agravamento dos sintomas dolorosos e desconforto em outras articulações.
O ortopedista especializado nessa área investigará possíveis causas do pé plano e indicará as opções de tratamento, quando for necessário.
Não deixe de procurar o Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo para uma avaliação completa!
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