Entorse de Tornozelo: Guia Completo
A entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns, afetando tanto atletas quanto pessoas comuns no dia a dia.
Ela ocorre quando os ligamentos que sustentam o tornozelo são esticados ou rasgados devido a um movimento brusco ou inadequado.
Essa lesão pode variar de leve a grave, dependendo da extensão do dano aos ligamentos.
Neste artigo, abordaremos de forma detalhada tudo o que você precisa saber sobre a entorse de tornozelo, desde a anatomia até o tratamento e recuperação.

Qual médico trata Entorse de Tornozelo?
O Ortopedista especializado em Pé e Tornozelo é o médico indicado para o tratamento da Entorse de Tornozelo.

Dr. Felipe Serzedello tem experiência no cuidado especializado da entorse, tanto para os casos conservadores quanto naqueles que irão necessitar de tratamento cirúrgico.
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Incidência de Entorses de tornozelo
- A entorse de tornozelo representa cerca de 15% a 20% de todas as lesões esportivas.
- É estimado que nos Estados Unidos ocorrem aproximadamente 2 milhões de entorses de tornozelo por ano.
- No basquete, a entorse de tornozelo é responsável por até 45% das lesões.
- A incidência é maior entre os jovens adultos, especialmente aqueles com idades entre 15 e 35 anos, devido à alta participação em atividades físicas.
Anatomia dos Ligamentos do Tornozelo

O tornozelo é sustentado por um conjunto de ligamentos que desempenham um papel crucial na estabilidade e mobilidade da articulação.
Esses ligamentos conectam os ossos do tornozelo entre si e impedem movimentos excessivos que poderiam causar lesões.
Os principais ligamentos do tornozelo incluem:
Ligamento Talofibular Anterior (LFTA): Este é o ligamento mais comumente lesionado durante uma entorse. Ele conecta o osso tálus ao osso da fíbula e é responsável por limitar a rotação interna do tornozelo.
Ligamento Calcaneofibular (LCF): Localizado abaixo do LFTA, este ligamento conecta o calcâneo (osso do calcanhar) à fíbula e ajuda a prevenir a inversão excessiva do pé.
Ligamento Talofibular Posterior (LFTP): Este ligamento conecta a parte posterior do talus à fíbula e é menos frequentemente lesionado, mas ainda desempenha um papel importante na estabilidade do tornozelo.
Ligamentos Mediais ou Deltoide: Localizados na parte interna do tornozelo, esses ligamentos são mais fortes e menos propensos a lesões, mas ainda podem ser afetados em entorses graves.
Mecanismos de Trauma
A entorse de tornozelo geralmente ocorre devido a um movimento brusco ou inadequado que força o tornozelo além de sua amplitude normal de movimento.
Os mecanismos de trauma mais comuns incluem:
Torção: Um movimento de torção ou rotação do pé enquanto ele está preso no chão pode causar uma entorse.
- Inversão: Este é o mecanismo mais frequente, onde o pé gira para dentro, forçando os ligamentos laterais (especialmente o LFTA) a se esticarem ou rasgarem.
2. Eversão: Menos comum, ocorre quando o pé gira para fora, podendo lesionar os ligamentos mediais.
Impacto direto: Apesar de bem menos comum, um golpe direto na parte externa ou interna do tornozelo também pode resultar em lesão ligamentar, especialmente em esportes de contato.
Diagnóstico
O diagnóstico de uma entorse de tornozelo começa com uma avaliação clínica detalhada.
O médico irá perguntar sobre como ocorreu a lesão e examinar o tornozelo para verificar sinais de dor, inchaço, hematomas e mobilidade reduzida.
Os principais métodos de diagnóstico incluem:
Histórico Clínico:
Saber como a lesão ocorreu e os sintomas apresentados é essencial para determinar a gravidade da entorse.
Exame Físico:
O médico irá examinar o tornozelo, verificando a amplitude de movimento, sensibilidade ao toque, e presença de inchaço ou hematomas.
Testes Específicos:
Testes como o teste de gaveta anterior ou teste de estresse em varo podem ser realizados para avaliar a integridade dos ligamentos.
Exames de Imagem:
Em alguns casos, exames de imagem, como radiografias, ultrassonografia ou ressonância magnética, podem ser necessários para descartar fraturas ou avaliar melhor a extensão da lesão ligamentar.
Exames
Os exames são importantes para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da lesão.
Os exames mais comuns incluem:
1. Radiografia (Raio-X):
Usada principalmente para descartar fraturas ósseas associadas. Ela não mostra lesões ligamentares, mas pode revelar desalinhamentos articulares ou fraturas por avulsão.
2. Ultrassonografia:
Um exame acessível e não invasivo, útil para visualizar os ligamentos e determinar se há ruptura parcial ou total.
3. Ressonância Magnética (RM):
Considerado o padrão ouro para avaliar lesões ligamentares e outras estruturas do tornozelo. A RM pode mostrar detalhadamente a extensão da lesão e auxiliar no planejamento do tratamento.
Tratamentos
O tratamento da entorse de tornozelo varia de acordo com a gravidade da lesão, mas geralmente segue o princípio conhecido como PRICE (Proteção, Repouso, Gelo, Compressão, Elevação).
Os tratamentos incluem:
- Proteção: Imobilizar o tornozelo com uma tala ou bandagem elástica para prevenir movimentos que possam piorar a lesão.
- Repouso: Evitar colocar peso sobre o tornozelo lesionado para permitir que os ligamentos se recuperem.
- Gelo: Aplicar gelo por 20 a 30 minutos a cada 2-3 horas nas primeiras 48 horas para reduzir o inchaço e a dor.
- Compressão: Usar uma bandagem elástica para comprimir o tornozelo e controlar o inchaço.
- Elevação: Manter o tornozelo elevado para ajudar a reduzir o inchaço.
- Medicação: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser recomendados para aliviar a dor e a inflamação.
- Fisioterapia: Após o período inicial de repouso, a fisioterapia é essencial para fortalecer os músculos ao redor do tornozelo e melhorar a estabilidade da articulação.
- Cirurgia: Em casos graves, onde há uma ruptura completa dos ligamentos ou instabilidade persistente, pode ser necessário um procedimento cirúrgico para reparar os ligamentos.
O Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo é o médico capacitado para avaliar qual o tratamento mais indicado para cada caso.
Não permita que a Entorse limite sua mobilidade! Consulte com Dr. Felipe Serzedello.

Estágios e Graus de Gravidade
As entorses de tornozelo são classificadas em três graus de gravidade:
Grau 1 (Leve):
Envolve um estiramento leve dos ligamentos, como um tecido que foi esgarçado. Os sintomas incluem dor leve e inchaço, mas o tornozelo ainda mantém a estabilidade.
Grau 2 (Moderado):
Inclui uma ruptura parcial dos ligamentos, causando dor moderada, inchaço e instabilidade moderada do tornozelo.
Grau 3 (Grave):
Caracteriza-se por uma ruptura completa dos ligamentos, resultando em dor intensa, inchaço significativo, hematomas e instabilidade severa. A pessoa geralmente não consegue colocar peso sobre o tornozelo.

Como Saber se o Ligamento Rompeu?
Identificar uma ruptura ligamentar completa pode ser difícil sem exames de imagem, mas alguns sinais indicam essa possibilidade:
- Dor Intensa: A dor é mais forte e persistente, mesmo em repouso.
- Inchaço e Hematomas Significativos: O inchaço é mais pronunciado, e hematomas podem se espalhar pelo pé e tornozelo.
- Instabilidade: Sensação de que o tornozelo "desliza", que há falseio ou não consegue suportar o peso corporal.
- Dificuldade de Movimento: Incapacidade de mover o tornozelo ou andar normalmente.
- Resultado de Exames: A ressonância magnética ou ultrassonografia confirmam a ruptura.
Em Quanto Tempo o Ligamento se Regenera?
O tempo de regeneração do ligamento depende da gravidade da lesão:
- Grau 1: Normalmente, a recuperação completa ocorre em 2 a 4 semanas.
- Grau 2: Pode levar de 6 a 8 semanas para uma recuperação completa.
- Grau 3: A recuperação pode levar de 3 a 6 meses, especialmente se a cirurgia for necessária.
O que Acontece se Não Tratar o Ligamento Rompido?
Não tratar um ligamento rompido pode levar a complicações graves, como:
Instabilidade Crônica:
O tornozelo pode se tornar permanentemente instável, aumentando o risco de novas entorses.
Dor Persistente:
A dor pode se tornar crônica, dificultando atividades diárias e esportivas.
Artrose Precoce:
A falta de tratamento pode acelerar o desgaste das articulações, levando à artrose.
Redução da Função:
A capacidade de realizar atividades físicas pode ser significativamente prejudicada.
Precisa Operar Ligamento Rompido?
A cirurgia é necessária em alguns casos, especialmente:
- Ruptura Completa: Quando há uma ruptura total do ligamento, e o tratamento conservador não é eficaz.
- Instabilidade Persistente: Se o tornozelo continuar instável após a cicatrização, a cirurgia pode ser indicada.
- Lesões Associadas: Em caso de lesões adicionais, como fraturas ou danos em outras estruturas articulares, a cirurgia pode ser recomendada.

Todos os Pacientes Melhoram?
A maioria dos pacientes se recupera completamente com o tratamento adequado, mas alguns podem enfrentar complicações, como:
- Recuperação Incompleta: Alguns pacientes podem ter recuperação parcial, com dor ou instabilidade residual.
- Recidiva: O risco de uma nova entorse é maior, especialmente se o tornozelo não for reabilitado adequadamente.
- Complicações Cirúrgicas: Em casos de cirurgia, pode haver riscos como infecção, dor crônica ou rigidez articular.
Lesão Crônica e Instabilidade Persistente
Em alguns casos, a entorse de tornozelo pode se tornar uma lesão crônica, levando a instabilidade persistente. Isso pode ocorrer se:
- Ligamentos Não Cicatrizam Adequadamente: Se os ligamentos não se regenerarem corretamente, o tornozelo pode permanecer instável.
- Falta de Reabilitação: Não seguir um programa de reabilitação adequado pode resultar em fraqueza muscular e instabilidade.
- Entorses Repetidas:
Novas lesões antes da completa recuperação podem agravar o quadro.
Conclusão
A entorse de tornozelo é uma lesão comum, mas que requer atenção adequada para evitar complicações a longo prazo.
Com o diagnóstico e tratamento corretos, a maioria dos pacientes pode esperar uma recuperação completa.
No entanto, ignorar os sinais de uma lesão grave pode levar a problemas crônicos que afetam a qualidade de vida.
Portanto, é essencial consultar o
Ortopedista Especializado em Pé e Tornozelo.

