As fraturas de tornozelo são bastante comuns e podem ocorrer em diversas situações, como durante a prática de esportes, quedas ou acidentes.
Neste artigo, vamos responder às principais dúvidas sobre o tema de maneira simples e fácil de entender.
Fratura de tornozelo é uma quebra em um ou mais dos ossos que formam a articulação do tornozelo.
Essa articulação é composta por três ossos principais: a tíbia, a fíbula e o tálus. Quando um desses ossos se quebra, ocorre uma fratura.
O tornozelo é uma articulação delicada e importantíssima para as atividades do cotidiano, como caminhar e ficar em pé.
Portanto, o tratamento de um fratura deve ser realizado pelo especialista: o Ortopedista de Pé e Tornozelo. Ele é o profissional capacitado para fornecer a avaliação adequada e indicar a melhor conduta, aumentado assim o sucesso do tratamento.
O Dr. Felipe Serzedello é Especialista em Ortopedia do Pé e Tornozelo, formado pela USP e referência no atendimento de excelência. Realiza cirurgias para tratamento de fraturas nos principais hospitais de São Paulo e São Caetano do Sul.
Sua equipe está preparada para atender casos de urgência.
Veja alguns depoimentos de seus pacientes:
A articulação do tornozelo possui três pilares de sustentação principais:
O primeiro está localizado na fíbula e os outros dois estão localizados na tíbia.
Dependendo da quantidade de maléolos que foram quebrados, a fratura de tornozelo pode ser chamada de uni, bi ou trimaleolar.
As fraturas de tornozelo podem acontecer de várias maneiras, mas a principal delas é por meio de uma torção.
O movimento de rotação gera um estresse mecânico intenso nos ossos que formam o tornozelo, e quando esse estresse é maior do que o osso pode suportar, ocorre a fratura.
Outras causas são:
Os sintomas mais comuns de uma fratura de tornozelo incluem:
Se você sofreu algum trauma e suspeita que fraturou o tornozelo, siga estes passos:
Evite movimentar o pé para não agravar a lesão.
Use uma bolsa de gelo para reduzir o inchaço e a dor.
A avaliação médica é imprescindível para o diagnóstico e tratamento adequado.
O diagnóstico de uma fratura de tornozelo é realizado com o exame físico detalhado associado a radiografias adequadas.
Muitas vezes, além do raio-x é necessário um exame de imagem mais detalhado, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Com esses exames, é possível avaliar o tornozelo tridimensionalmente, observando detalhes como pequenos fragmentos, lesões associadas de cartilagem ou ligamento e a relação de posicionamento entre os ossos que formam a articulação.
A Sindesmose no tornozelo é a área de contato entre a tíbia e fíbula. Nessa região, há um ligamento que mantém o posicionamento adequado entre esses ossos.
A Sindesmose é ponto chave para o correto funcionamento da articulação do tornozelo.
É de fundamental importância que seja avaliada nos casos de fratura e que a relação de posição entre tíbia e fíbula seja restabelecida para o tratamento adequado.
A resposta é: não.
Algumas fraturas são estáveis e não apresentam desvios, podendo nesses casos ser tratadas sem intervenção cirúrgica.
A imobilização pode ser realizada com gesso ou botas ortopédicas e, geralmente, o tratamento levará de 8 a 12 semanas, tempo que o osso levará para cicatrizar.
Entretanto, alguns trabalhos biomecânicos demonstram que, no tornozelo, desvios da articulação de apenas um milímetro são capazes de modificar em mais de 100% a distribuição de peso!
Isso significa que essa região é bastante delicada e qualquer cicatrização fora da posição ideal, por menor que seja, pode implicar em dor, desgaste precoce da articulação e artrose.
Dessa forma, as fraturas instáveis, com desvio ou lesão na sindesmose apresentam resultados mais previsíveis quando tratadas com cirurgia.
A cirurgia é realizada por meio de incisões na pele, através das quais o cirurgião tem acesso à região lesada.
O objetivo da cirurgia é “encaixar” os fragmentos da fratura e fixá-los em sua posição original. Para isso, são utilizados dispositivos chamados de implantes, que podem ser placas, parafusos, fios de kirschner.
Quando há instabilidade na região da sindesmose, essa lesão também precisa ser tratada. Para isso, o posicionamento correto entre a tíbia e a fíbula é restabelecido e a sindesmose é fixada.
As lesões associadas, como as ligamentares por exemplo, também são tratadas na cirurgia.
Depende. Nos primeiros dias de pós operatório o foco deve ser na recuperação de partes moles (diminuição do inchaço, cicatrização da pele), mobilidade precoce da articulação e carga assim que a cicatrização permitir.
No início a carga deve ser protegida, ou seja, com auxílio de órtese/bota e andador/muletas.
O tempo de consolidação do osso é variável. Alguns fatores influenciam esse processo como: o local acometido, idade, presença de comorbidades, tabagismo, uso de medicações entre outros.
Um tempo médio a ser considerado é de aproximadamente 12 semanas.
De maneira geral, não.
Os implantes, como as placas e parafusos, servem para manter os fragmentos da fratura na posição, até que ocorra a consolidação.
Em alguns casos, a presença do implante pode causar desconforto por ficar saliente na pele ou gerar atrito com alguma estrutura próxima, como vasos, nervos e tendões. Nestes casos, é indicado remover o implante.
Outra situação indicada para a retirada de implante são os parafusos que atravessam a região da sindesmose.
Cuidar bem do seu tornozelo é essencial para manter a mobilidade e a qualidade de vida! Se você suspeita que fraturou o tornozelo procure imediatamente um ortopedista de confiança!
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